No interior

Domingo, 08 de novembro deste ano, será o grande dia. Talvez não o grande dia pra mim, mas com certeza vai ser pra alguém. É o dia da prova final do CMCG. E eu (por mais incrível que pareça) passei pela prova de matemática ilesa. Ok, não totalmente ilesa, porque minhas unhas estavam destruidas, meus nervos estavam à flor da pele, minhas mãos suavam frio, meu cérebro trabalhava a mil por hora, e eu estava a ponto de surtar. Isso tudo dezessete dias atrás.

E daqui a três dias todos esses sintomas vão retornar com força total, senão com força TRIplicada.

Dos trezentos candidatos inscritos para a prova de matemática, apenas 94 foram aprovados para a prova de português, sendo que nenhum desses conseguiu a nota máxima. Parece um número bem favorável quando você tem a situação dessa forma, porém são apenas 10 vagas. Terei de disputar uma única vaga com outros 8,4 candidatos (para ser exata). E isso com certeza não me agrada.
A minha vontade de ser aprovada cresceu em menos de três meses de um jeito doido. E agora, faltando cerca de 72 horas para a etapa final, eu começo a considerar que podem ter no mínimo - entre os 94 - dez que me superam; dez que são capazes de ser melhores do que eu; dez que podem me eliminar da disputa e me fazer perder a guerra.
Além de toda a preparação pela qual passei, o único fator que é meu aliado nessa batalha é o Psicológico. Sei que muitos irão ficar nervosos, pressionados e ansiosos, e esse é o meu grande estímulo. Mas se eu parar para pensar, o meu aliado também é capaz de me derrubar.
Tenho tentado controlar meus nervos ao máximo, mas a cada dia que passa - e que eu noto que a prova se aproxima - é como se eu ficasse cada vez mais vulnerável à todos os sentimentos que um dia eu pensei que fossem de grande ajuda.
O que eu posso fazer?
Nada.
Nada pode parar o que já começou dentro de mim. Uma disputa que parece só terminar dia 08. Uma disputa entre o Intelecto e o Psicológico. A razão e a Emoção.
E quem vai ganhar essa batalha?
Descubro dia 08. Sem mudança de data. Sem antecipar ou adiar. Domingo.