2 de fevereiro de 2010

duvidar faz parte da existência...

...quando se tem um cérebro sempre preparado para contrariar o coração, ou vice-versa.
Existir - de certa forma - é mais complicado que viver. Quando se existe você sempre pesa os prós e contras de toda e qualquer situação. Pensa duas vezes antes de agir. Segue uma rotina naturalmente imposta pelo seu dia-a-dia. Se preocupa com pequenas e insignificantes coisas que aocntecem. E a ideia de que ser feliz não acontece com todos, muito menos todos os dias, faz parte do contrato de existência.
Já quando se trata de viver a coisa é muito diferente. Para viver é necessário entender que cérebro e coração, ou corpo e alma, são apenas um. Ambos pensam igual e são inseparáveis (ao seu modo). Porque para eles a única obrigação é viver. E viver é fácil. É prático e inesquecível. Basta se jogar em cada aventura, não importando o seu tamanho. Fazer o que quiser, mas fazer de um jeito memorável. Sentir amor, ódio, dor ou qualquer outro sentimento de um jeito único. É fazer coisas que são consideradas loucuras por aqueles que apenas existem. É pegar o carro no sábado de manhã e sair sem rumo, secretamente em busca de algo que te faça se sentir vivo, e só voltar no domingo a noite. É fazer coisas absurdas, mas que você sabe que vão funcinar, e se não funcionarem... Bom, faz parte da vida errar, mas viver é reconhecer o erro e ter coragem para fazer de novo (mesmo que erre outra vez). É conversar com um completo desconhecido na rua. É escutar, por horas, alguém com mais de 40 anos te provar que existiu um mundo completamente diferente do seu anos atrás, e que o seu será apenas uma lembrança, como o dele, daqui a alguns anos. É admirar milagres que acontecem todos os dias, como o nascimento, o piscar dos olhos, as batidas do coração, as gotas da chuvas que caem sobre nós e não nos machucam... Enfim, viver é fácil, basta estar vivo para isso. O difícil é deixar de existir.

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