1 de agosto de 2010

Sweet fun

Há quase três anos eu tenho uma espécie de paixão platônica. Paixão. Não amor. Amor é aquilo que abala todas as estruturas do corpo e da alma, destrói a sua vida e ao mesmo tempo lhe dá a razão de viver. Um motivo para acordar todas as manhãs e enfrentar o mundo.
Paixão não transforma nada ao seu redor. É apenas a química. A combinação de dois metabolismos que funcionam perfeitamente juntos. Faz você perder o sono sem saber porquê, tira o seu sossego. Faz você querer estar com alguém durante todos os minutos, apenas pra ter o calor do outro junto ao seu.
Paixão é corpo com corpo.
Amor é alma com alma.
Não queira passar a vida sem se apaixonar loucamente, sem ter um amor platônico ou ao menos uma paixão platônica. Ter medo do que irá acontecer a seguir é parte da vida, é o que torna o futuro tão atraente e misterioso.
Minha paixão platônica provavelmente nem sabe sobre meus sentimentos, mas não é como se eu realmente ligasse pra isso. Ao contrário do que os outros pensam, a diversão está em não ser correspondido. Está em lutar por alguém que talvez não queira que você lute por ele. Está em ultrapassar os limites do sensato.
Creio que se minha paixão platônica me correspondesse ela não seria tão divertida. Ele não atormentaria meus pensamentos com um inoscente recado no orkut, não esquentaria meu sangue com um simpático abraço.
É intrigante descobrir até onde posso ir sem que ele descubra sobre meus sentimentos.
Ele não corresponder, ou ao menos não dar sinal de que correponde, é o que torna tudo tão excitante.
É apenas mais um entretenimento.

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