26 de agosto de 2012

"Um senhor tinha vários terrenos,


mas um deles não era bem do seu interesse e ele resolveu se desfazer daquele terreno. Colocou um anúncio de venda e esperou o resultado. Já havia passado alguns meses e nada. Um dia ele estava lendo um jornal numa praça e encontra um amigo que há muito ele não via, e esse seu amigo era um poeta. Depois de um tempo de conversa, o senhor fala sobre a dificuldade de vender o terreno. O poeta perguntou se naquele jornal que ele estava lendo tinha o anúncio, e o senhor mostrou a ele. Estaca escrito: ‘vende-se um terreno de 500 por 1000 m, com árvores, um casa e água corrente.’ O dono do terreno não tinha necessidade de vende-lo., mas por não gostar dele, quis vender. Então o poeta lembrou que conhecia bem o terreno e perguntou se podia redigir o anúncio e o senhor concordou. O poeta escreveu: ‘vende-se amplo terreno arborizado com uma pequena e aconchegante casa, agraciada em sua fronte pelo nascer do sol, sendo seu flanco direito lambido por cristalinas águas e onde se pode acordar todos os duas com o canto dos pássaros. Situa-se em lugar tranquilo e de exuberante beleza natural’. Após meses, eles se encontraram novamente e o poeta pergunta se o anúncio deu resultado, o senhor respondeu que choveu propostas, inclusive uma de cinco vezes o valor real do terreno. Aí o poeta pergunta: ‘Então você vendeu bem o terreno?’ E ele respondeu: ‘Que nada, meu amigo, depois que eu li aquele anúncio, eu vi o tesouro que eu tinha nas mãos e decidi ficar com ele’."
[Herbert de O Mendigo]

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